Os esquecidos

Leonardo Resende

Imagine uma geração de juniores que venceu quase tudo o que podia e teve diversos jogadores apontados como futuros craques por dirigentes do clube. O que esperar desses garotos quando completarem a idade para incorporar o elenco profissional? Que entrem, se entrosem e arrebentem, certo? Errado!

Os torcedores rubro-negros que costumam acompanhar as notícias do clube, com certeza já ouviram falar em nomes como Vander, Kayke, Renan Silva, Davidson, Anderson Bamba, Antônio e Vinícius Colombiano.

Pois todos esses jogadores e sua geração (dos nascidos em1988 e 1989), apesar de todas as conquistas e alegrias obtidas nas categorias de base, foram esquecidos e sequer aproveitados no time principal.

O presidente em exercício do Fla, Delair Dumbrosck, alegou que, infelizmente, toda essa “fornada” de jogadores não tinha condição de jogar nos profissionais porque todos os atletas eram fracos fisicamente (fruto da falta de estrutura do CT de Juniores rubro-negro).

Interessante e sincera a declaração, mas aí eu pergunto: foi preciso esperar os jogadores “se formarem” para alguém no clube perceber isso? Será que nenhum desses garotos, ainda com seus 20, 21 anos, pode fazer um programa intensivo de fortalecimento muscular, como acontece com jogadores que vão para a Europa?

Eu não sei não. Tudo isso está me parecendo mais um show de incompetência da diretoria rubro-negra. Logo vai aparecer um clube (até mesmo do Brasil) interessado em um destes jovens e não duvido muito que com trabalho e oportunidade, algum deles possa brilhar e deixar dirigentes da Gávea literalmente chupando dedo.

Ah sim, sabe aquele velho e conhecido slogan “Craque o Flamengo faz em casa”? Pois parece estar está perdendo sua força a cada dia que passa.